Magic Works

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Crítica/Comentario Por Frini Georgakopoulos 12.11.2005


Para a felicidade dos leitores, Harry Potter “sobrevive” ao primeiro encontro com Voldemort no final de seu primeiro ano em Hogwarts, e às férias de verão na casa dos tios. O menino, agora com 12 anos (o aniversário dele é 31 de julho) está louco para voltar a Hogwarts quando ele recebe uma visita nada confortante. Dobby, um elfo doméstico, encasqueta que perigos estão em Hogwarts e que Potter não deve voltar. Para conseguir que o protagonista fique em casa e a salvo, Dobby consegue acordar a ira dos tios de Harry até que eles o prendem em casa, dentro do quarto, com barras na janela! Mas isso até que Rony, o melhor amigo de Harry convoque seus irmãos Fred e Jorge para salvá-lo.

Na segunda aventura de Harry Potter o leitor é levado, pela primeira vez, para a casa da família do Rony, os Weasleys. Aconchegante, humilde e cheia de magia, esta é a casa que Harry gostaria de ter passado todos os dias de sua vida. Molly e Arthur Weasley são pais de sete filhos: Gui, Carlinhos, Percy, Fred e Jorge (gêmeos), Rony e Gina (nesta ordem). Gina se apaixona por Harry desde a primeira vez que o viu, na plataforma 9 e ¾, no ano anterior. Neste, o primeiro de Gina em Hogwarts, ela vai pagar alguns micos ao tentar chamar a atenção do coração do nosso herói.

Como o primeiro livro foi feito para apresentar o mundo mágico, personagens e estabelecer conflitos, este traz uma aventura um pouco mais séria e sombria. Em Hogwarts, a Câmara Secreta foi aberta e o monstro em que lá reside foi solto pelo único herdeiro de Salazar Slytherin, o fundador da Casa Sonserina. Salazar, ao contrário dos outros fundadores (Rowena Ravenclaw, Godric Grifindor e Helga HufflePuff), acreditava que somente os de sangue puros mereciam aprender sobre magia. Ao se desligar dos outros fundadores, Salazar selou o monstro (um basilisko...uma espécie de mega serpente) na Câmara e somente seus herdeiros poderiam abri-la e controlar a besta. Pois é. E isso acontece no segundo ano do moleque em Hogwarts e é ele quem tem que impedir o monstro de continuar a atacar alunos mestiços. Tudo fica pior quando sua amiga, Hermione é petrificada pelo monstro e Harry passa a ser apontado como provável herdeiro já que Salazar possuía uma característica singular que era a possibilidade de falar com serpentes e Harry tem o mesmo poder.

Uma crise de identidade entra em questão e é um grande tema do livro. Não faz muito tempo que Harry descobriu a que mundo realmente pertencia, descobriu tudo que já havia acontecido e está apenas começando a realmente se dar conta de quem ele é quando uma bomba dessas estoura. Harry é um personagem extremamente correto e moral. Por mais que seja um menino de doze anos bem levado que se amarra em quebrar algumas regras, ele tem uma índole muito boa e só de pensar em ser relacionado de qualquer maneira com alguém que fora tão ruim, o faz passar mal. O que o sábio Dumbledore revela a Harry é que sim, o dom que ele tem ele deve a Salazar, mas não diretamente. Tom Riddle, ou Voldemort, era herdeiro de Salazar por parte de mãe e ao tentar matar Harry quando ainda criança, algo deu muito errado e alguns de seus poderes – a habilidade de falar com serpentes sendo o mais notável deles até agora – passou para Harry.

Harry Potter e a Câmara Secreta” é uma boa seqüência, mas o ritmo é bem mais lento do que o primeiro livro. Harry, que enfrentou uma “versão” de Voldemort no primeiro livro, agora lida com a memória do mesmo. Esta aventura ainda tem bastante o toque de uma aventura digna de “Scooby Doo”, com direito a explicações no final e tudo mais. Embora “Pedra Filosofal” seja melhor em termos de livro, “Câmara” já mostra amadurecimento dos personagens. A relação entre os personagens ficam cada vez mais interessantes e complexas. O passado, o presente e o futuro de todos na trama é colocado em pauta e isso prende a atenção do leitor. Mas não desanimem. Embora “Harry Potter e a Câmara Secreta” seja o livro mais fraco na série em termos de trama, ele tem seu valor.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Documentário HP7 parte 2



O blogger Maurício Saldanha do Cabine Celular, especializado em críticas de cinema, está com uma surpresa para os fãs de Harry Potter. Ele convida você para fazer parte de um documentário brasileiro sobre o último filme.
O projeto tem como missão documentar tudo o que você fã tem guardado em seu coração sobre a maior saga do cinema, que chega ao seu fim neste mês de Julho.
Não se Pode mais participar pois ai só até o dia 17 de julho, mais fique ligado no canal Cabine Celular e veja os resultados...


terça-feira, 12 de julho de 2011

Crítica/Comentário Por Frini Georgakopoulos 11.11.2005

O primeiro livro chama-se “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Ele não começa descrevendo magias e feitiços, mas um dia como outro qualquer para um Trouxa (pessoa que não possui mágica no sangue) comum que, aos poucos, vai se transformando em uma data muito especial para o mundo bruxo. O primeiro capítulo não descreve o herói da série, mas a casa de um casal Trouxa que simplesmente repudia tudo que não seja considerado “normal”. Já de cara, Rowling dá a dica que é justamente nesta casa, na casa dos Dursleys, que coisas nada normais vão acontecer.

Além de introduzir este casal - que será mais desenvolvido durante o livro, já que são os tios malvados de Harry – o conflito principal também é estabelecido. Bem no início do primeiro livro, Rowling conta como duas pessoas justas e boas foram mortas friamente pelo Lorde Voldemort, ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, o mais terrível bruxo de todos os tempos. Como um livro infantil começa com um duplo homicídio? Pois é, mas o foco é direcionado ao sobrevivente: o bebê Harry Potter, que, sem saber como, fez com que os poderes de Voldemort desaparecessem e sofreu apenas uma cicatriz em forma de raio na testa. O grande herói da saga perde os pais no primeiro capítulo do primeiro livro e precisa lidar com a responsabilidade de seu “ato” desde o berço.

O diretor de Hogwarts, e amigo do casal falecido (Lílian e Thiago), Alvo Dumbledore, levou o bebê Harry para a casa dos tios, aqueles Trouxas do início do capítulo. Pode parecer sacrilégio colocar um bebê novinho na casa daquelas pessoas, mas não é que o moleque cresce com caráter e valores corretos? Tudo isso vem de sangue, já que os tios são sinistramente malas! Bem, continuando, dez anos de abuso psicológico e físico (até frigideira já voou no Harry) se passam até que Hagrid, um meio-gigante gente boa, vem buscar Harry para ir para Hogwarts. Somente aí que o garoto descobre que tudo que fazia quando estava zangado ou com medo era magia! Ele era um bruxo!

De um dia para o outro, Harry descobre não somente sobre a existência de um outro mundo, mas também sobre o seu papel nele. Ele é O Menino que Sobreviveu, o salvador do mundo bruxo, que o recebe de braços abertos. Obviamente que nem tudo são rosas e Harry logo fica sabendo sobre a mania de algumas famílias (como as deDraco Malfoy, “colega” de classe de Harry) se acharem superiores a outras só por não terem se misturado com Trouxas. Harry então encontra dois amigos que se tornarão inseparáveis: Rony e Hermione. Ele vem de uma família pobre e ela de uma família Trouxa, mas é a bruxa mais inteligente da idade dela! Os três ingressam em Hogwarts, onde os alunos são divididos em quatro Casas: Grifinória (onde ficam os corajosos), Sonserina (os ambiciosos), Lufa-Lufa (os esforçados) e Corvinal (os mais acadêmicos). O trio fica na Grifinória já que os alunos são escolhidos pelo Chapéu Seletor de acordo com suas personalidades. Já na Sonserina ficou Draco e o Professor de Poções, Severo Snape, ex-arquiinimigo do pai de Harry.

Durante o decorrer do ano, e do livro, o leitor se encontra em um universo praticamente paralelo ao nosso (ou seja, Trouxa) onde corujas trazem o correio e unicórnios não somente existem como são considerados sagrados. Harry não somente enfrenta perigos, mas descobre amizades verdadeiras como nunca havia tido. O protagonista não é o garoto bonito, inteligente e perfeito. Ele é o menino inseguro de si, mal nutrido e de família partida. Mas mesmo assim, mesmo com todas as dificuldades já enfrentadas e que ainda estão por vir, Harry tem caráter, tem boa índole e é apenas um garoto como qualquer outro, embora sua cicatriz diga o contrário. Isso conquista o leitor. Os personagens (principalmente Harry) são de fácil identificação com o leitor que está passando pela mesma idade ou lembra como foi ter onze anos.

A narrativa tem ótimo ritmo e detalhes o suficiente para enriquecer a história, mas não para deixá-la arrastada. A relação entre os personagens é complexa assim como seria entre pessoas fora da página e quando o final do primeiro livro chega, sabemos que isso tudo é apenas o início.